Já não estou em Itália para contar o que faço por lá, já não estou na Covilhã para divulgar as jantaradas e as festas, estou em Faro, e aqui também há coisas, mas parece que já não é a mesma coisa… Aqui já todos trabalham, aqui todos têm uma família, daquelas famílias de sangue, sabem? Eu até tenho muitas famílias, cada terra cada família.
Este verão foi um bocado… como é que se diz? Estranho, mas bom!!
A tese e a tese, o calor e a tese, as noitadas e a tese, os amigos e a tese, a praia e a tese… Era muita coisa e tudo ao mesmo tempo… cansada!!
Lembro-me de termos ido ao pior festival de todo o sempre, mas valeu pela companhia e pelos lanches da Bibi; Os anos da mãe, que se saiu de vestido preto pela noite fora; Da Fuzeta, dos jantares, da praia, das noites, das recordações, do não-fazer-nenhum.
A viagem relâmpago à Covilhã; onde me deram casa e força; onde acordei cedo; onde estava nervosa como nunca, mesmo depois de três garrafas de água, quatro mudanças de roupa e banho de água fria a apresentação começou a sair, acabou antes de eu estar à espera, saiu tudo, intuitivamente, português, inglês, cor, luz, clic no rato… 18! Parabéns! Convites! Força! Beijinhos! FIM, Mestre em arquitectura.
Voltei a euforia das noites algarvias de calor, agora mais leve; Vi a Catedral fechar mais de não sei quantas vezes; Desgracei-me com o canudo no bolso e os amigos da vida; Dei sushi à minha família; Comi pizza nos anos da mana; E voltei aos almoços de família.
Agora é Dezembro, costuma ser aquele tempo em que todos dizem que sim a tudo, onde se gasta mais dinheiro para os outros que para nós próprios, onde há luz e cor por todo o lado, para mim Dezembro é um bom mês para voltar a escrever.
